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Mostrando postagens com o rótulo crônica

Dor companheira

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  E ra apenas um leve desconforto na lateral esquerda do meu abdômen aos oito anos que logo era tratado com chá e remédio para a dor. Passaram-se anos e aquele desconforto me visitava anualmente quando criança, depois adolescente até chegar à fase adulta. Ao todo foram 12 anos convivendo com a dor sem saber sua causa, até que apareceram outros sintomas: minha barriga inchou, senti dificuldade para evacuar e urinar além de falta de apetite, juntamente com o aumento da dor e febre, dificultando a rotina e forçando uma visita ao médico onde descobri que a dor companheira era uma inflamação e perda total do funcionamento do rim esquerdo devido uma má formação. Tal descoberta mudou totalmente meus planos, logo eu que sempre planejei tudo o que iria fazer sendo surpreendido por uma doença que me forçou a ficar internado 11 dias para tratamento e cirurgia. Amigos e parentes se solidarizaram com minha situação e recebi visitas diariamente no período da internação que me deixava mais calmo, a

Tentando ser cronista e falar de política

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Queria me retratar, coloquei na minha descrição no Medium e no Instagram que sou cronista, mas devo corrigir-me pois não o sou. O cronista pega um fato do cotidiano e escreve sobre aquilo, faz uma reflexão e vai além da informação. Enquanto eu, escrevo sem passar nenhuma informação relevante, escrevo apenas por escrever, sendo que deveria ir além disso. Poderia escrever uma crônica falando sobre os 700 mil quilos de picanha acompanhados de 80 mil cervejas, comprados com dinheiro público, para as forças armadas brasileiras em 2020, ano onde começamos a enfrentar mais um inimigo invisível, o Coronavírus. Digo mais um, pois já enfrentamos há décadas um inimigo que mata e, ao contrário daquele, escolhe as suas vítimas pela classe social, a fome. O governo que não consegue solução para erradicar a fome, não parece se incomodar com os gastos desnecessários com as forças armadas. Não estou dizendo que a alimentação dos militares é desnecessária, vale destacar para evitar distorções. Quero diz

Falando em saudades

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  Faz tempo que eu não escrevo, mas hoje senti a necessidade de expressar um sentimento: Saudade; esse sentimento que sempre me acompanhou, onde passo, deixo um pouco e levo comigo aonde vou. Saudade que me faz sentir tantas coisas, porque ela nunca vem só, traz consigo a alegria que sinto ao reencontrar um amigo e a tristeza que bate forte quando tenho que me despedir dele. Neste fim de semana reencontrei uma grande amiga, a alegria nos fez companhia durante algumas horas. Lembramos nossas histórias do ensino fundamental, as boas e as ruins, vimos o quanto mudamos e mesmo assim nossa amizade está ainda mais forte levando em conta que já passaram seis anos desde o fundamental! Isso me fez pensar que realmente não precisamos falar sempre com uma pessoa para ela ser nossa amiga, quem realmente é nosso amigo vai passar seis anos ou mais e as conversas e sentimentos um pelo outro serão os mesmos. Queria que ela levasse para a Paraíba uma mala cheia de saudades minhas. Esse encontro trouxe

Doença

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Já contei que fui submetido a um procedimento cirúrgico em outro texto. Precisei dar adeus ao meu rim esquerdo em dezembro de  2019  por causa de uma má formação que resultou em uma infecção. Meu rim foi guerreiro, resistiu por 21 anos mesmo dando sinais de que tinha algo errado, avisando-me por meio da dor, sempre ela quem nos mostra que devemos dar atenção a algo que está passando despercebido, geralmente quando ela dá seu recado é porque o problema já está sério e precisamos estar atentos. Quando resolvemos ou somos forçados a dar atenção às mensagens desesperadas, não as que chegam no celular, mas sim as que vem de dentro, tudo o que planejamos fazer fica para depois, algo que era tão simples de resolver, tornou-se o assunto mais urgente,  pula as outras atividades da nossa vida, afinal o que é mais importante que nós mesmos?  Ao adoecer pensamos mais na vida. Deitados no leito do hospital olhando as gotas do soro  caírem, vendo os funcionários entrarem e saírem do quarto, os olhar

All you need is love

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   A música que eu mais me identifiquei esse ano, a que eu ouço quase que diariamente, a que canto para quem eu gosto, tenho ciúmes dela assim como tenho de todos que amo. All you need is love - Jup do Bairro. No fundo é tudo o que precisamos, amor, ser amados, nos sentir desejados por alguém, acordar sabendo que alguém em especial, que não é seu parente, está esperando sua mensagem de bom dia ou já enviou uma pra você. Trabalhar a semana toda torcendo para que chegue o fim de semana e você possa encontrar aquela pessoa e dizer o quanto estava ansioso por esse momento, sendo que já tem um ano e meio que se repete. Mas assim como na música, eu não sei o que é amar, infelizmente esses momentos nunca aconteceram comigo e eu tenho inveja, sem nenhuma vergonha em dizer isso. Invejo as pessoas que conheço e que disfrutam desses momentos, não sabem o quanto são felizes, eu me acostumei a estar só, isso não significa que não queira ter alguém. Acontece que quando não se tem ninguém você é forç

Escrever com sentimentos

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Queria escrever com sentimentos assim como Clarice fazia, mas já li em uma entrevista com Marina Colasanti que quem escrever como Clarice terá um problema já que é fácil de identificar que ali tem características Claricianas. Queria que minha escrita fosse mais fluída, acho que por eu pensar demais acabo perdendo a minha essência, minhas palavras ficam sem emoção e a comunicação não é bem feita. Queria ser escritor e ter textos lindos que me orgulhasse ao ler um elogio nos comentários, mas eu não paro de pensar. Queria que você ao ler esse texto entendesse o que eu estou dizendo, muitas vezes sinto que só eu entendo o que escrevo, me sinto incompreendido, e tenho medo. Tudo que faço envolve a escrita e ao mesmo tempo eu quero escrever e ler o que os outros escrevem. Digo, quero escrever porque eu sei que tenho muita coisa para falar, mas eu sei que sou bom em ler o que os outros dizem. Quando leio um texto da Clarice Lispector, Marina Colasanti, Marlon Souza ou Guilherme Pintto, noto