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All you need is love

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   A música que eu mais me identifiquei esse ano, a que eu ouço quase que diariamente, a que canto para quem eu gosto, tenho ciúmes dela assim como tenho de todos que amo. All you need is love - Jup do Bairro. No fundo é tudo o que precisamos, amor, ser amados, nos sentir desejados por alguém, acordar sabendo que alguém em especial, que não é seu parente, está esperando sua mensagem de bom dia ou já enviou uma pra você. Trabalhar a semana toda torcendo para que chegue o fim de semana e você possa encontrar aquela pessoa e dizer o quanto estava ansioso por esse momento, sendo que já tem um ano e meio que se repete. Mas assim como na música, eu não sei o que é amar, infelizmente esses momentos nunca aconteceram comigo e eu tenho inveja, sem nenhuma vergonha em dizer isso. Invejo as pessoas que conheço e que disfrutam desses momentos, não sabem o quanto são felizes, eu me acostumei a estar só, isso não significa que não queira ter alguém. Acontece que quando não se tem ninguém você é forç

Escrever com sentimentos

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Queria escrever com sentimentos assim como Clarice fazia, mas já li em uma entrevista com Marina Colasanti que quem escrever como Clarice terá um problema já que é fácil de identificar que ali tem características Claricianas. Queria que minha escrita fosse mais fluída, acho que por eu pensar demais acabo perdendo a minha essência, minhas palavras ficam sem emoção e a comunicação não é bem feita. Queria ser escritor e ter textos lindos que me orgulhasse ao ler um elogio nos comentários, mas eu não paro de pensar. Queria que você ao ler esse texto entendesse o que eu estou dizendo, muitas vezes sinto que só eu entendo o que escrevo, me sinto incompreendido, e tenho medo. Tudo que faço envolve a escrita e ao mesmo tempo eu quero escrever e ler o que os outros escrevem. Digo, quero escrever porque eu sei que tenho muita coisa para falar, mas eu sei que sou bom em ler o que os outros dizem. Quando leio um texto da Clarice Lispector, Marina Colasanti, Marlon Souza ou Guilherme Pintto, noto

Saída 124 F: Uma travessia nunca mais será a mesma

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Artistas do Videodança Saída 124 F. Foto: Agatha Marinho Assisti ao vídeodança Saída 124 F dirigido por Bruno Alarcon e Luiz Fernando Picanço juntos aos jovens alunos da ONG Apadrinhe um Sorriso. Quando comecei a ver a apresentação, percebi que a travessia pela passarela da saída 124F nunca mais seria a mesma. Lembrei da Oficina ministrada por Alarcon e Picanço, na Amostra Frente Teatro, no Raul Cortez em Duque de Caxias, RJ, realizada em fevereiro de 2020, onde estive cobrindo o evento . A mesma sensibilidade e simplicidade presente no silêncio que diz tudo, forma que consigo descrever a experiência na amostra, encontra-se nesta performance premiada pelo prêmio Funarte RespirArte.  Foto: Agatha Marinho  A sensação que o vídeo me causa é de pertencimento ao lugar, sinto como se morasse no Parque das missões, graças ao olhar sensível, aos gestos leves, a música suave e transições que dão mais movimento as cenas. Espero não ser grosseiro ao dizer que não precisava estar na descrição

Drag Queen, Drag King, Transexual e Travesti: conheça as diferenças e não pague mico ao falar

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Pabllo Vittar eleito  homem do ano pela revista GQ Brasil. foto: Rick Duarte/ reprodução Facebook No último dia 3, a cantora Pabllo Vittar ganhou o prêmio de homem do ano na categoria Ícone, premiação feita pela revista GQ Brasil, com isso, debates sobre o gênero da cantora chamaram atenção novamente. Muitos questionamentos feitos nas redes sociais da Drag Queen  Pabllo Vittar de 26 anos, são sobre seu gênero, esta dúvida, se dá pois o cantor não atende ao padrão social, de uma vez que se veste como mulher, tem trejeitos femininos e é chamado por pronomes femininos. O que se confunde é a arte com a realidade, os estereótipos adotados pelo artista, são expressões artísticas, mas para alguns, é a vontade de ser mulher. Quanto a isso, em entrevista para a revista Glamou r a cantora diz que quando montada prefere ser chamada por pronomes femininos mas que não é trans.   O Aquenda Notícias explicará agora alguns conceitos para que você tire suas dúvidas e desaquende o preconceito: O que é

Afinal, o que é Aquenda? Conheça o Pajubá

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  Capa da dicionária Aurélia - Reprodução internet Provavelmente, a primeira pergunta que você fez ao acessar o Aquenda Notícias foi: O que é aquenda? Se essa dúvida não passou pela sua cabeça significa que você já está familiarizado com o Pajubá, e sabe que "aquendar" é chamar para prestar atenção ou fazer alguma função, sendo utilizada também com conotações sexuais. Pajubá, ou Bajubá, surgiu no Brasil e tornou-se popular nos anos 90. Baseia-se em palavras de origem Iorubá e Nagô, idiomas do continente africano, populares em terreiros de camdomblé, inicialmente, o Pajubá era falado pelas travestis para que curiosos e policiais não pudessem entender o que estavam conversando, uma forma de defesa uma vez que eram  marginalizadas pela sociedade e pela própria comunidade LGBTQI+. Com o passar do tempo o dialeto foi se popularizando no meio LGBTQI+, chegando a ganhar até um dicionário, ou melhor, dicionária própria: a Aurélia a dicionária da língua afiada(2006) , escrita por Fre

Efeminofobia: Um estudo acadêmico sobre o preconceito contra gays afeminados em aplicativos de relacionamento

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  (Perfil no Grindr com rejeição a afeminados. Foto: Lucas Feitoza/ Aquenda Notícias)  A plicativos de relacionamento são fortes aliados de LGBTs para se relacionarem. Além de poderem conhecer pessoas de outros lugares com interesses em comum, as ferramentas permitem que os usuários conversem em segurança, porque na rua podem se tornar vítimas de homofobia. Entretanto, na procura por parceiros, os critérios excluem os corpos mais presentes na comunidade: gays afeminados. A efeminobia, é o termo usado para o preconceito com gays afeminados ou que não se enquadram nos padrões de masculinidade predominantes. Quem chama a atenção para o assunto nos aplicativos de relacionamento é Mahmoud Baydoun, mestre em psicologia pela Universidade Federal de Rondônia – (UNIR). Em sua dissertação: Não sou nem curto afeminados- Reflexões viadas sobre a masculinidade hegemônica e a efeminofobia no Grindr   relata que despertou o interesse na temática pelas experiências vividas por ele, rodeados de quest

Nasce uma rainha: Um apanhado geral sobre o novo reality da Netflix

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Glória Groove e Alexia Twister -  Foto: Vanessa Bumbeers Nasce uma rainha é o novo reality show brasileiro  que estreou no dia 11 de novembro na Netflix. Apresentado pelas Drags Gloria Groove e Alexia Twister,  o objetivo do programa, é ajudar pessoas que sonham em se tornar Drag Queen ou King, por isso, em  cada episódio os espectadores conheceram um personagem que está começando nessa jornada. O formato dos episódios é o mesmo, os personagens começam narrando sua história enquanto arrumam as bagagens para ir ao encontro das madrinhas,(assim se chamam as Drags que iniciam outros artistas) enquanto isso, as madrinhas, encenam a espera, que não tem surpresa embora elas deem essa impressão, ao chegar, as malas são desfeitas revelando os pertences artísticos escolhidos pelos participantes do episódio. Usando alguns adereços, as apresentadoras pedem para que o candidato a rainha se apresente um pouco, com isso, as competências e dificuldades da Queen são analisadas, para saberem onde dever